10 de outubro de 2011

O cinema que me fala ao ouvido

Há já muito tempo que gosto de cinema italiano, e cada vez acho que gosto mais, filme após filme, história após história. Gosto de sentir uma estranha familiaridade com os actores. Gosto ainda mais do facto de já não precisar de legendas para compreender tudo o que dizem.
Não sei se adoro Itália porque gosto do cinema ou se adoro o cinema porque gosto de Itália, só sei que ambos me fascinam. Dêem-me um bom filme e uma caixa de Baci (bombons fabricados em Perugia) e é ver-me babar qual cão do Pavlov.
De cada vez que vejo um filme italiano pergunto-me porque é que a maioria dos realizadores portugueses não percebem a receita de Itália e não a aplicam.
É certo que o cinema de autor para públicos à partida restritos é necessário e contribui para o progresso da 7ª arte, mas que tal de vez em quando serem produzidos filmes que com uma história suficientemente boa para não cair em clichés puramente comerciais e diálogos de qualidade levem realmente muita gente ao cinema?
Será que acham que é pecado fazer um filme que não seja sobre a filha que engravidou do pai que por sua vez bate na mãe que tem que recorrer aos caminhos da má vida para sustentar a família? Será que os iluminados acham que a única solução pra levar gente a ver cinema português é mostrar o rabiosque da Soraia Chaves 50 vezes num filme de 1h30m? (Sim porque não me venham cá com tretas, as pessoas, vulgo gaiatos de 16 anos não foram ver o Crime do Padre Amaro pela boa prestação do Jorge Currula...)
É por isto que eu sou fã de cinema italiano:

- Cinema Paradiso (no topo da lista como não poderia deixar de ser!)
- Il Postino
- Vincere
- Cover Boy
- Il mio fratello è figlio unico
- Il pranzo di ferragosto
- Vincere
- Mine Vaganti
- Io sono L'amore
- La solitudine dei numeri primi
- La vitta è bella

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